Tschimbanda Material educativo do Kuthaka Mahamba, performance e instalação de Iris B. Chocolate com Dedaldina de Paula, arquitecta; Dinamene Wilson, designer; Manuela Lima, designer; Gilda Bunga, produtora de filmes; Céu Amorim, arquitecta na exposição Fuckin‘ Globo, Luanda, Março de 2020.
Kuthaka mahamba. A descoberta de práticas ancestrais para o tratamento do corpo da mulher e da criança faz ressurgir ligações entre a arte, a cura e o espírito. Uma pesquisa etnológica de um povo Nganguela durante a era colonial transforma-se numa performance que comunica rituais para a cura dos espíritos e da história, trazendo à luz outra percepção dos papéis desempenhados pela mulher. As performers carregam na cabeça, não um fardo mas iluminação (conhecimentos).
O material educativo recapitula os desenhos tradicionais e inspira as crianças a desenhar, inventar sons e os movimentos dos animais.
Kuthaka mahamba significa na cultura dos Nganguela “curar os espíritos” e era o nome do ritual executado para curar doenças. Este povo acreditava que as doenças femininas e infantis eram causadas somente por espíritos demoníacos dos rios e riachos, e para curá-las, pintavam, entre outras, marcas que simbolizavam animais que vivem nos rios ou alimentam-se dos rios, no corpo da doente.
Durante a performance, 5 mulheres, criativas com as quais a artista desenvolve um projecto de pesquisa colaborativa sobre cores, caminharam dos Coqueiros até ao Hotel Globo, na baixa de Luanda, onde executaram um ritual para curar os espíritos (da história).
O material educativo recapitula os desenhos tradicionais e inspira as crianças a desenhar, inventar sons e os movimentos dos animais. Reflecte sobre o mal no nosso mundo de hoje e inventa novos rituais para a cura.
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